O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão foi motivada pela viagem da parlamentar ao exterior após sua condenação a dez anos de prisão por invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Moraes também ordenou o bloqueio de bens de Zambelli e sua inclusão na lista de procurados da Interpol.
A condenação de Zambelli, proferida pela Primeira Turma do STF em 14 de maio, envolveu a contratação de um hacker para inserir documentos falsos no sistema do CNJ, incluindo um mandado de prisão contra o próprio ministro Moraes. Apesar da sentença, a pena ainda não começou a ser cumprida devido a recursos pendentes.
Na decisão, Moraes destacou que a saída de Zambelli do país indica intenção de fugir da aplicação da pena. Ele também mencionou declarações da deputada no exterior, nas quais ela afirmou que continuaria a atacar o sistema eleitoral e o Estado democrático de direito brasileiros.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia solicitado a prisão preventiva de Zambelli após ela anunciar que deixou o Brasil. A PGR argumentou que a medida visa assegurar a devida aplicação da lei penal.
Além disso, Zambelli enfrenta outro processo criminal no STF por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022.